Para comer rezando

Para comer rezando

Bolo de rolo, quindim, pudim de leite, humm... Vendo tantos quitutes maravilhosos enfeitando nossa mesa de Doces Brasileiros a gente está como? Morrendo de vontade de devorar um, claro! E bem podia ser um feito por mãos acostumadas a dar forma a essas delícias. Pensando assim, preparamos um breve roteiro com lugares dedicados a algumas dessas especialidades açucaradas em diversas cidades brasileiras. Confere lá!

Bolo de rolo da Casa dos Frios – Recife (PE)
Tem fama de ser o melhor lugar para comprar bolo de rolo em Recife. Pudera! A casa fundada em 1957 pelo português Licínio Dias e sua mulher Fernanda vende o quitute desde a década de 1970, seguindo a receita caseira da família. O doce é o item mais procurado nos três endereços que a marca mantém na capital pernambucana e em pontos de venda instalados em nove aeroportos brasileiros – como Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O segredo do sucesso está na forma de espalhar o recheio e enrolar as canadas finíssimas. Para dar conta da procura, a Casa dos Frios tem uma fábrica própria, onde 20 confeiteiros preparam, em média, 1 tonelada de bolo de rolo por dia! O tradicional, com recheio de goiabada, está disponível nos tamanhos 420 gramas (R$ 24,90), 900 gramas (R$ 44,90) e 1,9 quilo (R$ 76,90). Também há opções com recheio de chocolate e de doce de leite. www.casadosfrio.com.br @casadosfrios.


Bolo de Rolo da Casa dos Frios. Foto: divulgação

Pudim de leite da Pudim Deleite – Rio de Janeiro (RJ)
De origem alemã, a avó de Adriana Kamnitzer fazia um pudim de leite maravilhoso. “Era cremoso e sem furinhos. Eu aprendi essa receita e comecei a criar variações. Meus amigos adoravam e passaram a fazer encomendas”, conta Adriana. Como uma coisa puxa a outra, ela viu aí uma ótima oportunidade de negócio e assim nasceu a Doce Deleite, inaugurada no começo de 2019 no bairro do Leblon. Bom para os amigos e os demais amantes do doce que podem encontrar no cardápio 18 sabores de pudim – do tradicional ao vegano – que vão se revezando na vitrine. Podem ser comprados aos pedaços, a partir de R$ 7,00 , ou em potinhos de 120 gramas (a partir de R$ 7,00). Quem preferir pode levar o quitute inteiro, junto com a forma de alumínio. O tamanho para 6 a 8 pedaços fica de R$ 45,00 a R$ 100,00, dependendo do sabor. www.pudimdeleite.net @pudim.deleite.


Pudim de leite tradicional da Pudim Deleite. Foto: divulgação

Quindim da Alice Quindins – São Paulo (SP)
Instalada no bairro paulistano de Pinheiros, há 35 anos a Alice Quindins fabrica o doce seguindo a risca a receita tradicional, que combina o creme de gema de ovo batido com açúcar sobre a base crocante da massa de coco. O negócio iniciado por dona Alice é tocado agora por sua sobrinha Marli Chaguri, que segue o mesmo padrão. O quindim avulso fica em R$ 5,00. Mas também há caixas com 6 (R$ 25,00) e 12 unidades (R$39,00). www.alicequindins.com.br @alicequindins.


Quindim da Alice Quindins. Foto: divulgação

Pé-de-moleque da Barraca Vermelha – Piranguinho (MG)
Com pouco mais de 8 mil habitantes, a cidade mineira de Piranguinho é famosa pela produção artesanal de pé de moleque. Em junho, quando o quitute está mais em voga por conta da temporada das festas juninas, o município promove a festa do Maior Pé de Moleque do Mundo. São quatro dias com shows e quadrilhas juninas, mas a atração principal é um doce gigante de amendoim feito pelos dez produtores locais. A tradição da cidade nesse terreno foi iniciada pela Barraca Vermelha, principal fabricante local do quitute.  Na década de 1930, Matilde Torino, mulher do chefe da estação da linha férrea que cortava a cidade, fazia o doce e vendia para os passageiros durante as paradas do trem. “Quando a estação fechou, no final dos anos 1960, minha mãe, filha de Matilde, montou uma barraca vermelha na rodovia e continuou o negócio”, conta Sonia Torino, que segue no comando do negócio. Vieram os concorrentes das barracas Azul, Verde, Laranja... e a fama do pé de moleque de Piranguinho só cresceu. Segundo Sonia, até o poeta Carlos Drummond de Andrade apreciava o quitute. “Temos uma carta dele elogiando nosso pé de moleque, onde ele conta que o doce é a pura joia mineira”, afirma ela. A quarta geração da família Torino entrou no negócio há seis anos e resolveu diversificar o catálogo, oferecendo também outros quitutes a base de amendoim, como a paçoca e o cajuzinho. Mas o pé de moleque, com 120 gramas e vendido a R$ 2,75, segue imbatível. E está ao alcance de quem não vai a Piranguinho também. A Barraca Vermelha recebe pedidos pela internet. www.barracavermelha.com.br @barraca_vermelha.

Pé de Moleque

Bolinho de estudante de Dária e Laura – Salvador (BA)
O tabuleiro de Dária e Laura, mãe e filha, é um dos mais concorridos na Pituba, em Salvador. De segunda a sábado, elas montam a barraca na esquina da Rua dos Maçons com a Artur Gomes de Carvalho, a partir das 17 horas, e logo se forma um burburinho de compradores em volta. É Laura quem prepara os bolinhos de estudante, seguindo os ensinamentos da mãe. “É uma receita bem simples. Misturo coco fresco, tapioca e açúcar. Moldo os bolinhos, congelo e levo para fritar na barraca, na hora que o cliente pede. Assim, sai quentinho”, descreve Laura, que vende entre 50 a 80 bolinhos por dia. Cada um sai por R$ 5,00.

Bolinho de Estudante

*Preços pesquisados em agosto/2019
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