Burgueres Gourmets

Burguers Gourmets

Nos últimos anos, o número de hamburguerias artesanais só faz crescer. Uma tendência que tem a ver com o novo status que o hambúrguer ganhou, sobretudo entre jovens consumidores: a chamada geração millennials, ou Y, que abarca os nascidos entre a década de 1980 e os anos 2000, sob a era de grande avanço tecnológico e da prosperidade econômica.

Para essa galera, explica o consultor Roberto Denuzzo, especializado na área de alimentação, o hambúrguer perdeu a fama depreciativa e ganhou a imagem de produto frendly, prático e com a cara da vida moderna. “A tendência começou na capital paulista, mas já se espalhou pelo Brasil”, explica ele.

Pioneiro nessa área, Itván Wessel colocou no mercado uma proposta de hambúrguer gourmet em 1994, após uma viagem aos Estados Unidos, de onde trouxe a inspiração. “Não pegou. Naquela época, os clientes não entenderam a proposta e os supermercados não tinham estrutura para conservar bem o produto”, lembra Wessel. Em 2000, sua marca estava presente em 15 pontos de venda, em um espaço com boa infraestrutura de refrigeração, e ele relançou sua linha de hambúrgueres gourmets. Desta vez, a novidade decolou. “Virou febre, uma maneira democrática de comer boa carne. A turma jovem abraçou a causa”, diz ele. Hoje, os hambúrgueres representam 80% das vendas com a marca Wessel, que atua no ramo dos cortes especiais.

Nessa ascensão, o sanduba mais popular do planeta flertou com a alta gastronomia. Em Nova York, em 2001, o restaurateur de origem francesa Daniel Boulud escalou para seu cardápio estrelado uma versão de hambúrguer de 29 dólares, feita com miolo de alcatra, recheada com costela assada na própria gordura, trufas pretas, foie gras e vegetais. No ano seguinte, foi a vez de Claude Troigros apresentar o seu, no Blue Door, de Miami, composto por carne moída com lascas de foie gras, pincelado com ketchup caseiro e servido em um brioche.

Na mesma época, o restaurateur de Nova York Danny Meyer criou a fórmula simples e campeã do burguer feito de alcatra e peito de boi, que fez a fama da rede Shake Shack, um modelo que inspirou outros mundo afora. “A rede ficou famosa por oferecer um hambúrguer de qualidade por um preço mais acessível”, diz Wessel.

Por aqui, essa fórmula inspirou casas como a Bullguer (@bullguer), que abriu a primeira loja em 2015, no bairro paulistano de Vila Nova Conceição. Hoje, a rede tem 16 lojas na capital paulista e interior, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Seus carros-chefes são o Stencil (R$22), que leva pão, 100g de carne 100% Black Angus, queijo, cebola roxa, tomate, alface e molho e o Lumberjack (R$22), com pão, 100g de carne 100% Black Angus, queijo, bacon, picles e molho.

Os hambúrgueres artesanais também entraram com tudo no radar de outra onda, os empreendedores de alimentação que apostam no food truck. Foi o caso de Marcio Silva, do Buzina (@buzinaburgers). Ele começou a produzir seus hambúrgueres com um blend de costela, que vendia em seu food truck, há seis anos. Deu tão certo que ele acabou abrindo uma loja fixa no bairro paulistano de Pinheiros. Mas continua com food trucks rodando por São Paulo. O sanduba que leva o nome da casa combina o hambúrguer com bacon moído, tempero próprio e batata frita dentro do lanche.

Seja em loja fixa ou em food trucks, as opções de hamburguerias que exploram os artesanais não param de crescer. Melhor para os amantes do sanduba. Basta escolher o endereço mais próximo. Quer dicas? Aqui na redação pensamos em alguns endereços bacanas em São Paulo (além do Bullguer e do Buzina) e no Rio de Janeiro:

Lanchonete da Cidade
Seu cardápio contempla o hambúrguer em dois estilos. O smash (110 g) é um disco de carne mais fininho com o blend da casa, combina uma crosta crocante com interior tenro. O tradicional bombom (180 g) é alto e suculento, feito com um mix de carnes angus da grife 481. Tem cinco endereços em São Paulo. @lanchonetedacidade.

Cabana Burger
Seus sandubas levam hambúrguer de 100 g feitos com corte de gado angus. O batizado com o nome da casa vem acompanhado de queijo prato, aface, tomate e maionese de ervas. Também oferece opção para quem prefere o disco de carne mais alto. É o caso do melted, com hambúrguer de 180 g de carne de wagyu, combinado com queijo cheddar e bacon. Tem seis endereços em São Paulo e um no Rio de Janeiro. @cabana.burger.

Vinil Burguer
O disco de carne tem 135 g e é preparado em grelha giratória, de onde sai com um sabor levemente defumado. O cliente monta o seu sanduba escolhendo o tipo de pão (com ou sem gergelim) e os complementos que preferir. Tem queijos cheddar, provolone ou prato, alface, tomate, picles, bacon e cebola. Tem três endereços em São Paulo. @vinilburger.

B, de Burguer
A hamburgueria usa grelha portuguesa para preparar os discos de carne, o que confere a eles um sabor defumado. A versão com o nome da casa leva burguer de costela bovina, cheddar, maionese de bacon e cebola caramelada na cerveja escura. Tem cinco endereços no Rio de Janeiro. @bdeburger2015.

TTBurguer
Aberta em 2013, tem entre os sócios Thomas Troisgros, filho do chef Claude Troigros, e se intitula a “primeira hamburgueria 100% brasileira”. Entre os destaques estão o TT Burger, composto por disco de 200 g de um blend que segue receita da família Troisgros, queijo meia-cura, tomate, alface, picles de chuchu e pão de batata-doce artesanal. Tem cinco endereços no Rio de Janeiro e um em Niteroi. @ttburger.

Você tem a sua lista de hamburguerias artesanais preferidas? Traz aqui para a Mesa! É só compartilhar com a gente nos comentários da área Publicações da Mesa. Prefere fazer as receitas sugeridas pelo líder, Isván Wessel? Ótimo! Também vale compartilhar nos comentários o resultado.
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