É a mistura do Brasil com o Líbano

É a mistura do Brasil com o Líbano

Se você sempre achou que beirute era uma receita importada por nós, é melhor se sentar. Na verdade, apesar de ser filha de imigrantes, essa preparação nasceu no Brasil. Tudo começou quando o libanês Fares Sader chegou ao Brasil no início dos anos 1950. 

Na época, o bauru (sanduíche servido no pão francês, com queijo, rosbife, tomate e pepino ou picles) fazia o maior sucesso em São Paulo. Foi então que Sader, admirado com tamanha fama do sanduíche, decidiu que também queria um lanche para homenagear sua cidade natal. E, como era sócio de seu irmão Louis no restaurante Bambi, tratou logo de adicionar o beirute ao cardápio.

Feito no pão árabe e, originariamente, recheado de rosbife de lagarto, mussarela, tomate e orégano, esse sanduíche tem como grande diferencial o modo como é assado, que garante a crocância especial do pão. A aposta do libanês deu certo e, aos poucos, outras versões surgiram na própria cozinha do restaurante Bambi e depois começaram a se espalhar pelo país.

Mas o cozinheiro não parou por aí. Foi também Fares Sader quem criou a sobremesa chocolamour, feita com sorvete de chocolate, calda quente e farofa crocante, como opção para tomar sorvete mesmo nos dias mais frios. 

Batizada primeiro como chocolat mou mud, numa brincadeira que misturava o francês chocolat mou (chocolate mole) com o inglês mud (lama), seu nome foi sendo adaptado pela fala dos paulistanos até virar chocolamour. 

Hoje, assim como o beirute, ela é encontrada numa série de restaurantes pela cidade. Isso sim que é criar uma tendência, hein? 

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