Fato ou fake: dicas populares sobre a alimentação de gestantes

Fato ou fake: dicas populares sobre a alimentação de gestantes

Você sabe o que é fato e o que é fake nas recomendações alimentares da tradição popular relacionadas à gestação? Confira o que dizem as nutricionistas Thais Tobaruela Ortiz e Caroline Missen, da Clínica Einstein.


 

Fato ou fake: dicas populares sobre a alimentação de gestantes

 

Em gestação de gêmeos é preciso comer mais ou em dobro.


FALSO. As necessidades calóricas e nutricionais de uma gestação gemelar podem estar aumentadas, mas de maneira nenhuma a gestante deve consumir o dobro do que seria recomendável para uma gestação única. O ideal é realizar um acompanhamento nutricional para evitar deficiências ou excessos.



Tâmara ajuda no trabalho de parto.


VERDADEIRO. Estudos mostram alguns benefícios com a ingestão de aproximadamente seis unidades de tâmara ao dia a partir da 36a semana de gestação. São eles: redução da duração do primeiro estágio do trabalho de parto, maior dilatação, menor necessidade de utilização de ocitocina sintética, menor tempo na fase inicial da dilatação.



Eliminar leite e glúten durante a gestação ajuda a evitar que a criança desenvolva alergias no futuro.


FALSO. Pelo contrário, a ingestão de alimentos considerados potencialmente alergênicos (leite e derivados, amendoim, glúten) reduz o risco do bebê desenvolver doenças como dermatite atópica, asma, rinite e doença celíaca.


Claro que a introdução desses alimentos deve ser feita de maneira adequada, após o período de aleitamento materno exclusivo e seguindo as recomendações dos profissionais de saúde.



Beterraba é uma boa fonte de ferro.


FALSO. A beterraba é um alimento rico em diversos nutrientes, entretanto, não é fonte de ferro como muitos acreditam. Para aumentar o aporte de ferro na alimentação, aumente a ingestão de carnes e vísceras, feijão e outras leguminosas e verduras verde-escuras.



É recomendável cortar peixes e frutos do mar da dieta das gestantes.


FALSO. No caso dos peixes, a preocupação é o risco de contaminação por mercúrio. Estudos mostram que as propriedades anti-inflamatórias do ômega 3, nutriente presente nos peixes, podem se sobrepor aos efeitos negativos do mercúrio, um metal pesado extremamente tóxico que pode trazer risco ao desenvolvimento neuropsicomotor do feto.


Dessa forma, o ideal é não proibir, e, sim, sugerir o consumo de peixes sem excessos (duas a três vezes por semana). A recomendação é optar por peixes ricos em ômega 3, de águas frias e profundas (salmão, cavala, arenque, sardinha) e evitar aqueles que podem ter concentração maior de mercúrio (cação, cavala, atum fresco, robalo, pirá, dourado-do-mar, garoupa e olho-de-boi). Além disso, ter atenção na hora da compra, garantindo que o pescado esteja fresco e seja de um estabelecimento confiável.


Assim como os peixes, a ingestão de frutos do mar até duas

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