Perdeu o olfato? Veja como recuperá-lo com alimentação

Perdeu o olfato? Veja como recuperá-lo com alimentação

Um dos sintomas mais comuns causados pela Covid-19 é a anosmia, ou perda de olfato. Embora não seja perigoso, ficar sem olfato – o que interfere diretamente no paladar – é bem incômodo. Mesmo depois de curados do coronavírus, pacientes relatam que a anosmia permanece por algum tempo. Alguns alimentos podem amenizar esse sintoma e ajudar na recuperação do olfato.

A Clínica Einstein, nossa parceira no ebook Alimentação & Imunidade, dá boas dicas de alimentos e exercícios que podem ser feitos em casa e que ajudam a recuperar o olfato.

Mas, antes, vamos entender por que o olfato influencia tanto no nosso paladar.

A diferença entre gosto e sabor


Pois é: muita gente pensa que “gosto” e “sabor” são sinônimos, mas isso não é verdade! De forma bem simples, podemos dizer que o gosto é o que as papilas gustativas da língua são capazes de detectar.

Existem cinco gostos reconhecidos pela ciência: salgado, doce, amargo, azedo e umami. Esse último só foi considerado um “gosto oficial” na década de 2000, apesar de ter sido identificado no Japão ainda em 1907. 

O umami está em alimentos com alto nível de glutamatos livres (aminoácidos), que podem ser encontrados em maturados, curados e fermentados. Ele também está presente em alimentos frescos, como tomate, ervilha e aspargo. O gosto é salgado, fácil de reconhecer, nos faz salivar e abre o apetite.

Os sabores, por outro lado, estão muito mais ligados ao aroma – ou seja, ao nosso olfato. São as células receptivas do nariz, que ficam no teto da cavidade nasal, que detectam o sabor. 

Diferentemente dos gostos, os sabores não têm categorias reconhecidas pela ciência. Mas pesquisadores e profissionais da gastronomia os classificaram em alguns grupos, como cítrico, frutado, herbal e picante.

É por isso que, ao termos anosmia – perda do olfato –, também sofremos alterações no paladar. Afinal, eles andam sempre de mãos dadas.

Alimentos que combatem a perda de paladar e olfato


Ao recuperar o olfato, o paladar também vai retornando. Por isso, é importante fazer um treinamento olfativo, ou seja, estimular o olfato – e dá para fazer isso em casa mesmo!

Nesse treinamento, o paciente cheira óleos essenciais para estimular as células receptivas do nariz. Os aromas sugeridos são: rosa, eucalipto, limão e cravo. Cada essência deve ser inalada por 10 segundos, com intervalo de 15 segundos entre elas. O treinamento deve ser feito duas vezes ao dia durante 24 meses.

Se estiver difícil conseguir óleos essenciais, aí vai uma boa notícia: é possível fazer o treinamento olfativo com ingredientes que temos em casa. Café, cravo, baunilha, menta (vale usar a pasta de dente!), vinagre e tangerina são alguns bons exemplos.

Outra dica boa é valorizar os cítricos (como laranja, limão e acerola) e o umami, gosto que realça o sabor dos alimentos, porque proporciona maior salivação, o que facilita a percepção pelo paladar. Tomate, cenoura, ervilha, cebola, queijos e carnes maturadas são alguns bons exemplos de alimentos que têm umami.

Prefira também consumir alimentos mornos: comidas muito quentes ou geladas demais dificultam a percepção pelas papilas gustativas, que ficam na língua.

E lembre-se: a mastigação é uma grande aliada! Ela nos proporciona maior sensação de saciedade e torna o sabor dos alimentos mais intenso.

Em todas as refeições, o ideal é mastigar pelo menos 15 vezes antes de engolir. Esse treinamento também vai contribuindo para a melhora dos sintomas deixados pela Covid-19.
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