As recomendações alimentares na fase da adolescência

As recomendações alimentares na fase da adolescência

As recomendações alimentares na fase da adolescência precisam levar em conta que essa etapa é um período marcado por intensas transformações físicas, psicológicas e comportamentais.


Ainda que as necessidades nutricionais sejam influenciadas simultaneamente pelos eventos da puberdade e pelo estirão do crescimento, nesse momento da vida em especial a escolha dos alimentos é potencialmente determinada por fatores psicológicos, socioeconômicos e culturais. Esses últimos fatores interferem diretamente na formação dos hábitos alimentares.


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É o momento de redobrar o cuidado com o consumo excessivo de açúcar, sal e gordura e garantir uma dieta rica em fontes de ferro, cálcio e zinco, essenciais nessa fase de desenvolvimento. A melhor forma de evitar déficit e excessos alimentares é promover uma dieta variada, que inclua porções adequadas de cada um dos grupos principais de alimentos.


Do ponto de vista nutricional, os adolescentes são extremamente vulneráveis ao alto consumo de energia e gordura, especialmente na forma de lanches. Isso pode levar a um déficit na ingestão diária de macronutrientes e de vitaminas e minerais.


Portanto,  as recomendações alimentares na fase da adolescência devem abarcar os seguintes aspectos:




  • A imagem corporal ganha extrema importância na adolescência e pode ter reflexos negativos nos hábitos alimentares. Daí a necessidade de se ter um cuidado maior com os modismos alimentares e os prejuízos que os mesmos trazem para saúde, além de um olhar crítico para as mensagens, informações e orientações veiculadas pela mídia.



  • Os principais nutrientes que precisam de maior atenção nessa fase são o cálcio, o ferro, o zinco, o ácido fólico e as vitaminas B12, A e D.



  • Os maiores desafios para os pais nessa fase são uma menor vigilância e controle da alimentação, o que pode favorecer a adoção de uma dieta inadequada. Costuma ocorrer uma redução do consumo de leite e derivados lácteos em relação ao que era consumido na infância e a incorporação de novos hábitos alimentares, com o consumo maior de alimentos industrializados.



  • A alimentação na adolescência deve ser flexibilizada, uma vez que os alimentos mais consumidos pelos jovens, os fast-food têm boa apresentação, bom paladar e baixo custo e podem ser consumidos em qualquer lugar. No entanto, deve-se limitar seu consumo e compensar possíveis desequilíbrios de distintos nutrientes com uma alimentação adequada.



  • Outra medida útil é recomendar que, dentro dos menus de fast-food, escolham-se os alimentos mais equilibrados e de menor tamanho, restringindo o uso de molhos e alternando esse tipo de alimento com saladas e frutas. A melhor forma de evitar déficit e excessos alimentares é promover o consumo de uma dieta variada, que inclua porções adequadas de cada um dos grupos principais de alimentos.


Referências:


Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos.


Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. Brasília, 2019.


Manual de alimentação: orientações para alimentação do lactente ao adolescente, na escola, na gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. 4ªedição. São Paulo, 2018.


Thousand days. Why 1000 days. Washington, DC: Thousand days; 2018.

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