Pressão alta: os fatores de risco desse problema silencioso

Pressão alta: os fatores de risco desse problema silencioso

Para chegar a todas as partes do nosso corpo, o sangue é bombeado a partir do coração. Essa ação faz com que o sangue exerça uma força contra as paredes das artérias, que respondem com certa resistência. Essa interação produz o que se chama pressão arterial. Essa pressão varia ao longo do dia, quando nos movimentamos, mas, em geral, deve seguir um padrão, uma média.


Pode acontecer, porém, que essa pressão aumente muito acima do normal e assim permaneça por um longo tempo e é a isso que se dá o nome de hipertensão arterial, um problema de saúde que pode desencadear outros, como doenças cardiovasculares. Conhecida popularmente como pressão alta, essa condição merece toda a atenção, principalmente porque, na maioria das vezes, ela é silenciosa, ou seja, não há sintomas que acendam o sinal amarelo. Por isso, informação e prevenção são armas poderosas para se proteger contra o problema. Veja a seguir, o que é preciso saber sobre essa questão:


Quando se considera que a pessoa é hipertensa?

Normalmente, a pressão arterial ideal deve ser menor ou igual a 120/80 mmHg, ou a famosa 12 por 8.  A pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valor igual ou maior que 140/90 mmHg, ou 14 por 9.


A pressão alta é um problema comum?

No Brasil, a hipertensão arterial atinge 25% dos indivíduos adultos, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2018 (Vigitel), realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Estima-se, no entanto, que esse número seja ainda maior, uma vez que nem todas as pessoas têm acesso ao serviço de saúde ou fazem acompanhamento de saúde adequadamente. Dentro desses dados, 60% dessa população é idosa.


Quais são os principais fatores de risco para desenvolver hipertensão?

Dois dos fatores principais são o sedentarismo e a alimentação inadequada (consumo de produtos ultraprocessados, ricos em sódio ou gorduras), que levam ao excesso de peso.  O álcool e o consumo exagerado de cafeína também são fatores agravantes para as doenças cardiovasculares. Além desses fatores modificáveis, há maior prevalência de pressão alta em mulheres (especialmente após a menopausa, quando a queda nos níveis de hormônios femininos interfere nas artérias) e indivíduos negros ou asiáticos. O envelhecimento também tem uma relação linear com o surgimento da doença, isso porque a partir dos 60 anos de idade as artérias perdem flexibilidade. Um estilo de vida estressante e o sono irregular têm igualmente sua cota de contribuição. Além disso, o risco é 30% maior para filhos de pais hipertensos.


Quais os principais problemas de saúde associados à hipertensão arterial?

A pressão alta está associada principalmente ao aumento de doenças cardíacas, como infarto e insuficiência cardíaca. Também é causa frequente de acidentes vasculares cerebrais (AVC), popularmente conhecidos como derrames. Um quadro de hipertensão prolongado também pode prejudicar os rins, levando à insuficiência renal.


O que pode ser feito para prevenir a hipertensão arterial?


Cultivar hábitos e um estilo de vida saudáveis é a melhor estratégia para prevenir e tratar essa condição clínica de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estipulou metas para salvar milhões de pessoas, e as medidas são simples e extremamente preventivas, como vencer o sedentarismo, diminuir o consumo de sódio e reduzir o consumo de álcool e tabaco. Investir numa alimentação adequada é, portanto, uma medida fundamental. Como fazer isso? É o que vamos abordar nos próximos capítulos.


Referências:

- American Heart Association

- 7ª Diretriz de Hipertensão Arterial/ Sociedade Brasileira de Cardiologia
-  Joint National Committee on Prevention

- Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2018 (Vigitel)/ Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde
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