Riscos na gestação: como a alimentação pode ajudar

Riscos na gestação: como a alimentação pode ajudar

Durante o pré-natal, algumas comorbidades merecem atenção, pois podem trazer complicações para a saúde da mãe e do bebê. Veja a seguir por quê:



Ganho de peso


A avaliação do ganho de peso da gestante é uma rotina básica das consultas de pré-natal. Isso porque, durante o período gestacional, o corpo da mulher passa por mudanças fisiológicas que afetam o funcionamento de todo o seu organismo com a finalidade de favorecer o crescimento adequado do bebê.


Ao longo dos nove meses de gestação, o ganho de peso pode variar de 5 a 18 quilos, dependendo do estado nutricional inicial da mãe. Esse ganho está diretamente relacionado ao crescimento e desenvolvimento do bebê.


Manter-se dentro desse parâmetro é importante, uma vez que o sobrepeso está associado ao aumento da prevalência de diabetes, anemia, hipertensão e infecções. O contrário também não é adequado: ganho de peso abaixo do recomendado pode comprometer o crescimento fetal.


Portanto, conhecer o estado nutricional da mãe no início da gestação e receber acompanhamento de médico e nutricionista durante o período é de grande relevância para manter um ganho de peso equilibrado segundo à necessidade de cada um.


Riscos na gestação: como a alimentação pode ajudar

Hipertensão arterial


A hipertensão arterial gestacional normalmente é detectada após a 20ª semana de gestação. Essa condição pode ser transitória, com o retorno a níveis normais após a 12ª semana pós-parto, ou crônica, persistindo depois dessa fase.


Geralmente alguns dos fatores de risco são: nulípara (mulher que nunca teve filhos), idade (adolescente ou mais de 30 anos), sobrepeso e obesidade, diabetes, genética (antecedente familiar) e histórico de hipertensão arterial.


A alimentação pode ajudar na prevenção por meio da restrição de sódio e de gorduras saturadas (carnes como cupim, fraldinha, costela bovina e suína, toucinho, embutidos, frituras, queijos amarelos etc.) e trans (alimentos ultraprocessados, biscoitos recheados, salgadinhos, sorvete etc.).


Outra medida que ajuda é o aumento do consumo, desde o início da gestação, de alimentos orgânicos, antioxidantes (laranja, limão, acerola, cacau, brócolis, repolho, couve-flor, alho, cebola, tomate, frutas vermelhas etc.), anti-inflamatórios (uva, abacate, gengibre, pimentão vermelho, lentilha etc.), além de ovo, leite, oleaginosas, peixes, cereais integrais, frutos do mar.



Diabetes gestacional


O diabetes gestacional não tem uma causa específica. Ou seja, vários fatores podem concorrer para seu aparecimento. É comum ouvir que a gestação por si só já é um estado diabetogênico devido a várias alterações do funcionamento metabólico da gestante. Alguns dos fatores de risco são idade (acima de 30 anos), sobrepeso, obesidade ou ganho de peso excessivo durante a gestação, antecedentes obstétricos de diabetes gestacional, histórico familiar, entre outros.


 Manter uma alimentação saudável e equilibrada pode influenciar na prevenção. De um lado, uma das medidas mais indicadas é reduzir o consumo de doces (carboidratos simples). De outro, é importante manter um bom consumo de fibras (hortaliças, cereais integrais) e alimentos como abacate, maçã, nozes, amêndoa, castanha-do-pará, semente de abóbora, carnes, peixes, leite, iogurte, ovo, leguminosas e cogumelos.

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