Três docinhos de festa que não podem faltar na comemoração

Três docinhos de festa que não podem faltar na comemoração

Sabe aqueles docinhos de festa que não podem faltar na comemoração? O brigadeiro é o primeiro que vem à mente, não é? Mas o beijinho e o bicho- de-pé também arrebanhou uma legião de fãs. Esse trio-doçura alegra qualquer festa e tem muita história para contar. Quer ver?


BrigadeiroBrigadeiro


A receita básica é simples e reúne três ingredientes apenas: leite condensado, manteiga e chocolate (em pó e granulado). Mas a gostosura é imensa! Quem inventou essa fórmula da felicidade em forma de docinho?


A história mais difundida diz que ele surgiu como iniciativa de uma correligionária do brigadeiro da aeronáutica Eduardo Gomes, que disputava a Presidência da República em 1945.


Na ocasião, as senhoras da capital paulista realizavam festinhas onde vendiam quitutes para angariar fundos para a campanha. E uma delas, Dona Heloísa Nabuco de Oliveira, resolveu fazer um docinho de chocolate sem nome, que levava leite condensado, manteiga e gema, e recebia uma fina camada de açúcar. Caiu no gosto dos correligionários, que logo começaram a chamá-lo de “docinho do brigadeiro”. Eduardo Gomes não conquistou o posto de presidente, mas o docinho virou preferência nacional, já com o nome encurtado para brigadeiro.


Essa história é lembrada pela doceira Juliana Motter, fundadora da Maria Brigadeiro (www.mariabrigadeiro.com.br), em O livro do brigadeiro (editora Panda, disponível na Amazon). Entretanto, se Eduardo Gomes inspirou o nome e impulsionou a fama do docinho, a receita mesmo teria surgido bem antes da campanha presidencial.


Segundo Juliana, antes de ser promovido a brigadeiro, ele se chamava “negrinho” e teria nascido no Rio Grande do Sul, inventado “possivelmente por uma dona de casa muito loira que achou exótica a cútis marronzinha do doce”. Tanto que, até hoje, para os gaúchos, negrinho segue sendo o nome dessa delícia de chocolate e leite condensado.


Beijinho


Essa outra delícia tão presente nas festinhas brasileiras tem suas raízes fincadas em terras de além-mar. De acordo com a versão mais difundida, esse docinho teria surgido em conventos portugueses, com o nome de beijo de freira.


Por lá, era feito com amêndoa e calda de açúcar. A receita chegou ao Brasil pelas mãos dos colonizadores, que tiveram que fazer adaptações. Assim, o coco entrou no preparo, substituindo a amêndoa.


Já era chamado de beijo doce quando, no começo do século 20, a receita foi incrementada com leite condensado e um cravo-da-índia. Algumas variações incluem ainda gema de ovo, baunilha e até creme de leite. Para completar, ganhou o nome definitivo: beijinho.


Bicho-de-pé


Mais uma gostosura feita à base de leite condensado, ele surgiu na década de 1980. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, foi criado pela rede de doceria Amor aos Pedaços, que até patenteou o nome: bicho-de-pé.


Mesmo patenteado, o docinho se espalhou. Afinal, é muito fácil reproduzi-lo: é basicamente um brigadeiro, só que no lugar do chocolate, entra na panela uma gelatina de morango, para dar o rosadinho característico. Depois é só cobrir com uma camada de açúcar, e ele está pronto para ser saboreado.


 Ah, e de onde veio esse nome? Em seu blog (www.nacozinhadahelo.com.br), a chef Helô Bacellar lembra a explicação que teria saído da boca da fundadora da Amor aos Pedaços: “o doce é irresistível, não dá para parar de comer, assim como a coceira de quem está com bicho-de-pé”. Será?

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