Abóbora é rica em vitaminas e minerais e fácil de digerir

Abóbora é rica em vitaminas e minerais e fácil de digerir

Abóbora é rica em vitaminas e minerais e fácil de digerir

Presença garantida na mesa dos brasileiros, a abóbora é rica em vitaminas e minerais e fácil de digerir. Com todos esses predicados, ela conquistou lugar de destaque na mesa de muitos brasileiros. Mas como essa riqueza alimentar entrou em nosso cardápio?


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Estudos apontam que, juntamente com o milho, esse fruto originário da América era parte da base alimentar de antigas civilizações do continente, como os Astecas, os Incas e os Maias. Indícios apontam que o cultivo da abóbora no Peru remonta a quase 10 mil anos. Os indígenas brasileiros também tinham nesse legume uma importante fonte alimentar, bem antes da colonização portuguesa.


Foram os espanhóis e portugueses que levaram esse rico ingrediente para a Europa, e de lá ele se espalhou pelo mundo. Hoje, é largamente cultivado em todo o planeta nas regiões que reúnem condições apropriadas para isso: clima quente (temperaturas entre 20°C e 35°C) e solo bem drenado.



Principais tipos de abóbora


As abóboras fazem parte da família Cucurbitácea, que produz frutos rasteiros, como a melancia, o melão, o chuchu e o pepino. No Brasil são cultivados diversos tipos, com safras em diferentes épocas do ano, o que nos garante esse saboroso legume à mesa praticamente de janeiro a janeiro.


Para ter sempre à mesa uma abóbora rica em vitamina e minerais, vale a pena comprar a variedade que esteja dentro da época mais propícia à sua colheita. Assim, ela é mais saborosa e tem melhor preço (uma vez que a oferta é mais abundante). Uma boa fonte de pesquisa para verificar essa informação é a tabela de sazonalidade da Ceagesp. Mas, para adiantar, que tal conhecermos as principais variedades disponíveis em nossos mercados? Vamos a elas!



Moranga


 É chamada de jerimum nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde as pessoas têm o hábito de cozinhá-la em água e comer misturada a leite adoçado. Melhorada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e lançada numa exposição agrícola no início da década de 1950, essa variedade é famosa por seu formato, interior oco e casca firme. Essas características praticamente a tornam um recipiente culinário por natureza. Se for cortada ao meio, retiradas as sementes e os filamentos, as duas metades podem ser recheadas. Pode-se também optar por tirar uma fatia grossa da parte superior. Isso fará com que fique parecendo uma panela em que é possível servir um ensopado ou cozido. Um caso típico é o tão conhecido Camarão na Moranga, receita que temos em nosso acervo assinada pela chef Paula Rizkallah. A moranga vai muito bem ainda em refogados e doces. Ela está presente no mercado também na versão mini, que pode ser preparada com variados recheios.



Hokkaido


Arredondada, com casca laranja avermelhada, sua polpa tem sabor semelhante ao da castanha portuguesa. Boa para preparo de cozimentos longos, como sopas, cozidos e assados ao forno. Muito usada para fazer nhoque e risotos.



Abóbora-de-pescoço ou seca


De formato alongado, é notável pelo tamanho, que pode passar de 80 centímetros. Sob a casca verde-escura com listras alaranjadas, tem polpa também alaranjada, levemente granulosa ou fibrosa, e mais úmida. Características próprias para preparar pães e doces, como o Doce de Abóbora com Coco, da chef Helô Bacellar. Essa variedade é usada também em pratos salgados, como tortas, quibe e saladas.



Espaguete


Ainda pouco comum no mercado brasileiro, essa variedade tem esse nome por conta da textura de sua polpa que, depois de cozida ou assada, pode ser desfiada facilmente com um garfo em fios que parecem o macarrão. De origem japonesa, tem o formato parecido com o do melão. Além de substituir a massa, pode ser gratinada ou usada cozida na composição de saladas.



Cabotiã ou japonesa


Variedade desenvolvida no Japão, combinando as espécies Cucurbita maxima e Cucurbita moschata. Tem casca verde-escura, rugosa, dura e bastante resistente. A polpa alaranjada ou amarelada é macia e sem fibra, contém menos água e seu sabor é levemente adocicado. Fica ótima assada com casca (que fica molinha e pode ser consumida). Mais calórica que outras variedades (a porção de 100 gramas cozida conta com 51 kcal, contra 18 Kcal da moranga), faz sucesso numa infinidade de preparos: sopas, cozidos, purês, refogados, pães, bolo e muitos outros. Uma ótima sugestão é a Salada de Abóbora Cabotiã com Quinua e Queijo Feta, receita da chef Juliana Nicoli.



Manteiga


Com casca amarela-clara, tem formato de pera. Sua polpa alaranjada ou amarelada tem textura um pouco granulosa ou fibrosa, úmida e levemente doce e é bastante usada em receitas salgadas e doces, como purês, compotas, refogados e saladas.



Paulista


Essa variedade brasileira de tamanho médio tem casca verde com listras amareladas (quando madura) que, diferentemente de outras variedades, é mais mole. Sua polpa alaranjada é firme e mais úmida. Serve para fazer refogados, saladas e doces. Mas também fica uma delícia se temperada com ervas e assada no forno. Experimente no Quibebe, uma das receitas mais tradicionais da culinária caipira, aqui assinada pela chef Angelita Gonzaga.



Halloween


Seu formato arredondado e achatado é o ideal para esculpir as famosas lanternas com feições assustadores empregadas na tradicional festa das bruxas. Já falamos desse assunto aqui no Tá na Mesa, confira no blog Curiosidades sobre o Halloween, a Festa das Bruxas. Essa variedade tem polpa quase seca, firme e levemente doce. Vai bem em tortas e sobremesas.

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